1°
Grupo: Instabilidade da atenção
1.
Desvia facilmente sua atenção do que está fazendo, quando recebe um pequeno
estímulo. Um assobio do vizinho é suficiente para interromper uma leitura.
2.
Tem dificuldade em prestar atenção à fala dos outros. Numa conversa com outra
pessoa tende a captar apenas "pedaços" soltos do assunto.
3.
Desorganização cotidiana. Tende a perder objetos (chaves, celular, canetas,
papéis), atrasar-se ou faltar a compromissos, esquecer o dia de pagamento das
contas (luz, gás, telefone, seguro).
4.
Freqüentemente apresenta "brancos" durante uma conversa. A pessoa
está explicando um assunto e no meio da fala esquece o que ia dizer.
5.
Tendência a interromper a fala do outro. No meio de uma conversa lembra de algo
e fala sem esperar o outro completar seu raciocínio.
6.
Costuma cometer erros de fala, leitura ou escrita. Esquece uma palavra no meio
de uma frase ou pronuncia errado palavras longas como
"cineangiocoronariografia" .
7.
Presença de hiperfoco (concentração intensa em um único assunto num determinado
período). Um DDA pode ficar horas a fio no computador sem se dar conta do que
acontece ao seu redor.
8.
Dificuldade de permanecer em atividades obrigatórias de longa duração.
Participar como ouvinte de uma palestra em que o tema não seja motivo de grande
interesse e não o faça entrar em hiperfoco.
9.
Interrompe tarefas no meio. Um DDA freqüentemente não lê um artigo de revista
até o fim, ou ouve um CD inteiro.
2°
Grupo: Hiperatividade física e/ou mental
10.
Dificuldade em permanecer sentado por muito tempo. Durante uma palestra ou
sessão de cinema costuma mexer-se o tempo todo na tentativa de permanecer em
seu lugar.
11.
Está sempre mexendo com os pés ou as mãos. São os indivíduos que têm os pés
"nervosos", girando suas cadeiras de trabalho, ou que estão sempre
com suas mãos ocupadas, pegando objetos, desenhando em papéis ou ainda
ajeitando suas roupas ou seus cabelos.
12.
Constante sensação de inquietação ou ansiedade. Um DDA sempre tem a sensação de
que tem algo a fazer ou pensar, de que alguma coisa está faltando.
13.
Tendência a estar sempre ocupado com alguma problemática em relação a si ou com
os outros. São as pessoas que ficam "remoendo" sobre suas falhas
cometidas, ou ainda sobre os problemas de amigos ou conhecidos.
14.
Costuma fazer várias coisas ao mesmo tempo. É a pessoa que lê e vê TV ou ouve
música simultaneamente.
15.
Envolve-se em vários projetos ao mesmo tempo. Um exemplo é a pessoa que tem
várias idéias simultaneamente e acaba por não levar a cabo nenhuma delas em
função desta dispersão.
16.
Às vezes se envolve em situações de alto risco em busca de estímulos fortes,
como dirigir em alta velocidade"
17.
Freqüentemente fala sem parar, monopolizando as conversas em grupo. É a pessoa
que fala sem se dar conta de que as outras estão tentando emitir suas opiniões
(além de não se dar conta do impacto que o conteúdo do seu discurso pode estar
causando a outras pessoas).
3°
Grupo: Impulsividade
18.
Baixa tolerância à frustração. Quando quer algo não consegue esperar, se lança
impulsivamente numa tarefa, mas, como tudo na vida requer tempo, tende a se
frustrar e desanimar facilmente.
19.
Costuma responder a alguém antes que este complete a pergunta. Não consegue
conter o impulso de responder ao primeiro estímulo criado pelo início de uma
pergunta.
20.
Costuma provocar situações constrangedoras, por falar o que vem à mente sem
filtrar o que vai ser dito. Durante uma discussão, um DDA pode deixar escapar
ofensas impulsivas.
21.
Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar por algo. Filas,
telefonemas, atendimento em lojas ou restaurantes podem ser uma tortura.
22.
Impulsividade para comprar, sair de empregos, romper relacionamentos, praticar
esportes radicais, comer, jogar etc. É aquela pessoa que rompe um
relacionamento várias vezes e volta logo depois, arrependida.
23.
Reage irrefletidamente às provocações, críticas ou rejeição. É o tipo de pessoa
que explode de raiva ao sentir-se rejeitada.
24.
Tendência a não seguir regras ou normas preestabelecidas. Um exemplo seria o
trabalhador que teima em não usar equipamentos de segurança, apesar de saber da
importância destes.
25.
Compulsividade. Na realidade a compulsão ocorre pela repetição constante dos
impulsos, os quais, com o tempo, passam a fazer parte da vida dessas pessoas,
como as compulsões por compras, jogos, alimentação etc.
26.
Sexualidade instável. Tende a apresentar períodos de grande impulsividade
sexual alternados com fases de baixo desejo.
27.
Ações contraditórias. Um DDA é capaz de ter uma explosão de raiva por causa de
um pequeno detalhe (por mexerem em sua mesa de trabalho, por exemplo) numa
hora, e poucos momentos mais tarde, ser capaz de uma grande demonstração de
afeto, através de um belo cartão, flores ou um carinho explícito. Ou ainda ser
um homem arrojado e moderno no trabalho e, ao mesmo tempo, tradicional e
conservador no âmbito familiar e afetivo.
28.
Hipersensibilidade. O DDA costuma melindrar-se facilmente. Uma simples
observação desfavorável sobre a cor de seus sapatos é suficiente para deixá-lo
internamente arrasado, sentindo-se inadequado.
29.
Hiper-reatividade. Essa é uma característica que faz com que o DDA se contagie
facilmente com os sentimentos dos outros. Pode ficar profundamente triste ao
ver alguém chorar, mesmo sem saber o motivo, ao mesmo tempo em que pode ficar
muito agitado ou irritado em ambientes barulhentos ou em presença de multidão.
30.
Tendência a culpar os outros. Um DDA muitas vezes poderá culpar outra pessoa
por seus fracassos e erros, como o aluno que culpa o colega de turma por ter
errado em uma questão da prova, já que este colega estava cantarolando baixinho
na hora.
31.
Mudanças bruscas e repentinas de humor (instabilidade de humor). O DDA costuma
mudar de humor rapidamente, várias vezes no mesmo dia, dependendo dos
acontecimentos externos ou ainda de seu estado cerebral, uma vez que o cérebro
do DDA pode entrar em exaustão, prejudicando a modulação do seu estado de
humor.
32.
Tendência a ser muito criativo e intuitivo. O impulso criativo do DDA é talvez
a maior de suas virtudes. Pode se manifestar nas mais diversas áreas do
conhecimento humano.
33.
Tendência ao "desespero". Quando um DDA se vê diante de uma
dificuldade, seja ela de qualquer ordem, ele tende a vê-la como algo impossível
de ser transposto e com isso sente-se tomado por uma grande sensação de
incapacidade. Sua primeira reação é o "desespero". Só mais tarde
consegue raciocinar e constatar o verdadeiro "peso" que o problema
tem. Isso ocorre porque seu cérebro apresenta dificuldades em acionar uma parte
da memória chamada funcional, cujo objetivo é trazer à mente situações vividas
no passado e utilizá-las como instrumentos capazes de ajudar a encontrar saídas
para as mais diversas problemáticas. Essa memória funcional parece ser
bloqueada pela ativação precoce da impulsividade que, nesse tipo de pessoa,
encontra-se hiperacionada.
4°
Grupo: Sintomas secundários
34.
Tendência a ter um desempenho profissional abaixo do esperado para sua real
capacidade.
35.
Baixa auto-estima. Em geral o DDA sofre desde muito cedo uma grande carga de
repreensões e críticas negativas. Sem compreender o porquê disso, ele tende,
com o passar do tempo, a ver-se de maneira depreciativa e passa a ter como
referência pessoas externas e não ele próprio.
36.
Dependência química. Pode ocorrer como conseqüência do uso abusivo e impulsivo
de drogas durante vários anos.
37.
Depressões freqüentes. Ocorrem em geral por uma exaustão cerebral associada às
frustrações provenientes de relacionamentos malsucedidos e fracassos
profissionais e sociais.
38.
Intensa dificuldade em manter relacionamentos afetivos, conforme será visto na
parte referente à dificuldade afetiva dos DDAs.
39.
Demora excessiva para iniciar ou executar algum trabalho. Tais fatos ocorrem
pela combinação nada produtiva de desorganização aliada a uma grande
insegurança pessoal.
40.
Baixa tolerância ao estresse. Toda situação de estresse leva a um desgaste
intenso da atividade cerebral. No caso de um cérebro DDA, esse desgaste
apresentar-se-á de maneira mais marcante.
41.
Tendência a apresentar um lado "criança" que aparecerá, por toda a
vida, na forma de brincadeiras, humor refinado, caprichos, pensamentos mágicos
e intensa capacidade de fantasiar fatos e histórias.
42.
Tendência a tropeçar, cair ou derrubar objetos. Isso ocorre em função da
dificuldade do DDA de concentrar-se nos atos e de controlar ou coordenar a
intensidade de seus movimentos.
43.
Tendência a apresentar uma caligrafia de difícil entendimento.
44.
Tensão pré-menstrual muito marcada. Ao que tudo indica, em função das
alterações hormonais durante esse período, que intensificam os sintomas do DDA.
A retenção de líquido que ocorre durante os dias que antecedem a menstruação
parece ser um dos fatores mais importantes.
45.
Dificuldade em orientação espacial. Encontrar o carro no estacionamento do
shopping quase sempre é um desafio para um DDA.
46.
Avaliação temporal prejudicada. Esperar por um DDA pode ser algo muito
desagradável, pois em geral sua noção de tempo nunca corresponde ao tempo real.
47.
Tendência à inversão dos horários de dormir. Em geral adormece e desperta
tardiamente, por isso alguns deles acabam viciando-se em algum tipo de
hipnótico.
48.
Hipersensibilidade a ruídos, principalmente se repetitivos.
49.
Tendência a exercer mais de uma atividade profissional, simultânea ou não.
E,
finalmente, o último critério, que não se enquadra em nenhum dos quatro grupos
de sintomas, mas tem sua relevância confirmada pelos estudos que apontam
participação genética marcante na gênese do DDA:
50. História familiar
positiva para DDA.
1 comment:
Palavras e , mais palavras
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